João Bosco & Aldir Blanc
Morre a luz da noite
o porre acende pra me iluminar
numa outra cena...
Zune o vento e valsam os oitis
no velho boulervard:
bosques de Viena!
Escrevo a carta a uma desconhecida
com quem tive um flerte, um anjo azul...
pobres balconistas de paquete, de ar infeliz
são novas Bovarys...
Já perdi o expresso do oriente
onde sempre sou
vítima e assassino...
Tomo a carruagem e o cocheiro
de tabela dois
diz que é vascaíno...
Ah, triste figura, Don Quixote
quer mais um traçado
- cadê o Sancho?
Dá pro santo, bebe, e o passado
volta a desfilar,
pierô de marcha-rancho:
... com as bronca do Ary Barroso, sem elas...
... com a bossa do Ciro Monteiro, sem ela...
... com o copo cheio de Vinícius, sem ele...
... com nervos de aço Lupiscínio, sem eles...
... com as mãos do Antonio Maria, sem elas...
... com a voz do Lamartine Babo, sem ela...
... com a rosa Dolores Duran, sem ela...
... com a majestade da Elis, sem ela...
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
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