quarta-feira, 28 de maio de 2008

ÀS MINHAS COSTAS ( Sérgio Alcides )



As portas do metrô mastigam

o ar condicionado.

Estou em trânsito, com os demais.

Percorremos a rede incorpórea

que há de permanecer.

Não se ultrapassa a linha amarela.

Nada cheira. E a escada rolante

– áspera via – até se alegoriza

ao conduzir-nos de volta ao simulacro

passageiro das avenidas.

Na saída, ponho os óculos escuros.

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